Quem sou eu

Talita Stamato, radialista, sonoplasta, criadora de spots comerciais. Adora ler livros de (quase) todos os gêneros, enquanto se mata nos metrôs e ônibus da vida. Tatiane Duarte, radialista, produtora de tv, alucinada por histórias sobre coisas sobrenaturais e sem o menor sentido, seja em forma de livro ou filmes.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Frases soltas...

Gosto do frio. Adoro o outono. Deve ser porque nasci no outono. Essa estação me inspira coisas boas. E as pessoas ficam mais bonitas, eu diria até mais gentis. Eu fico reflexiva, introspectiva e porque não dizer: sinto nostalgia. Ando pelas ruas, faço minhas obrigações. Tenho até mais empolgação em estudar. Huuum... tomar um banho quente, comer um prato gostoso, ficar perto de quem gosto. Farei 24 anos em alguns dias. E como minha vida mudou. Tudo mudou, eu diria. Sinto saudade da infância, do descompromisso. De ter hora só pra estudar e o resto era por minha conta. Hoje me sinto vencedora quando vejo quantas responsabilidades tenho e que consigo correspondê-las muito bem. Tudo bem, às vezes dá “pane no sistema” e não fica tudo tão bem. Porém é tudo muito bacana. Faz crescer e amadurecer. Tantos planos bem- sucedidos, outros nem tanto. Entretanto tenho muito o que conquistar. Hunf! Às vezes me dá uma preguiça... de tudo e de todos. Acho que deve ser o tempo. O frio também provoca esse sentimento. Isso é típico do outono.


Tatiane Duarte

terça-feira, 26 de abril de 2011

Índios

Pedi licença a Renato Russo e utilizei uma composição dele para ilustrar o meu sentimento de hoje. 

Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu, ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
E sua maldade, então deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho,
Entenda!
Assim pude trazer você de volta pra mim.
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do iní­cio ao fim.
E é só você que tem a  cura do meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas são felizes...

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim ninguém lhe diz ao menos: obrigado.

Quem me dera ao menos uma vez 
Como a mais bela tribo dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer você de volta pra mim.
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
 Tatiane Duarte

domingo, 10 de abril de 2011

Esse texto abaixo é do meu irmão Joaquim, que tem 10 anos.  fiquei feliz em ver que pelo menos ele tem uma visão lúdica de um mundo melhor. A professora dele pediu pra fazer um texto sobre o mundo dele, de como ele imagina que seria o seu mundo.


" Meu mundo

No meu mundo todas as pessoas são crianças e já que o maior sentimento nas crianças é a bondade, no meu mundo não há maldade.
Nesse mundo há algumas árvores que dão todos os chocolates e tem outras que dão todos os sabores de sorvete, as nuvens são de algodão doce, os rios de chocolate e já que tem tanto doce não existe a carie.
A justiça é rude, os guardas não tem boca nem ouvidos, então não podem cometer erros, a pena a quem desobedece essas leis que vou falar agora: 1º se divertir, 2º não guardar rancor, 3º não agredir - não importa o jeito, 4º não falar mentiras e por fim 5º respeitar as opiniões.
O rei do mundo é o Dragão de Doce, sua cabeça é de sonho e seu corpo é de maria mole, seus pés são de doce de leite (existe um feriado que todos os cidadãos dão uma mordida nele) e além dele tem o tesoureiro do Planeta Morango e Chocolate 1634 ( não fui eu que inventei o nome).
Nesse meu planeta é tudo ecochocolatemente correto, nosso transporte são os cavalos alados com cabeça de morango e corpo de palito de pirulito, além disso tudo é natural e comestível, se você quer um suco pega um copo de chocolate e vai encher na árvore e quando acabar o suco é só comer o copo.
Espero que tenham conhecido meu mundo, agora vou comer um sorvete. (morram de inveja, pois hoje não estamos recebendo visitas)"
Joaquim Benoni

quarta-feira, 6 de abril de 2011

E aí, meu irmão, pra onde vamos?

Esse texto foi proposto como exercício em sala de aula. Saiu isso aí... nem sei se tá bom, mas eu gostei, pois nele coloquei algumas ideias que brotam da minha cabeça. Espero que gostem...

"Vida. Essa é a nomenclatura para essa passagem que temos no planeta Terra. E o que fazemos com ela? Eu não sei. Somos seres únicos, feitos a imagem e semelhança do Criador, mas então porque somos imperfeitos? Por que mesmo depois de era após era, ainda tentamos exterminar com o maior presente dado por Deus para nós? Porque ainda estamos atolados na ignorância.
Tudo o que fazemos nesta vida tem retorno e ele vem ainda nesta passagem, acreditem.Grande parte da humanidade pensa que esse caminho é único, que quando morremos temos um sono eterno até sermos chamados para prestar contas. É simples assim, quase uma equação matemática: se no total da sua conta tiver mais coisas boas do que más, meus parabéns! Você terá ingresso garantido no paraíso. Caso contrário, terá a alma perdida e irá pro inferno.
Porém pasmem, o inferno parece ser o aqui e o agora. Prefiro imaginar como a vida sendo um espelho gigantesco onde tudo o que emanamos, ou seja, todos os pensamentos, atitudes, sonhos, tudo de bom e de ruim é jogado para o universo, e ele reflete de volta. Essa sim, é uma conta ainda mais simples e o resultado é quase imediato. E o que estamos vendo hoje, à olhos nus é a degradação da nossa raça:vulcões, terremotos, tufões, e o homem contribuindo com a destruição causando guerras, potencializando doenças, destruindo os valores e literalmente matando uns aos outros por nada, absolutamente nada que realmente tenha real valor. Aliás, nada que seja do bem justifica tirar a vida de outro ser humano. E tem gente por aí declarando aos quatro ventos que o mundo vai acabar, que todo mundo vai morrer, que haverá um desastre de proporções absurdas para que a humanidade acabe. É o o próprio homem que está destruindo tudo.
E a questão da morte, o que seria ela então? Seria a linha de chegada dessa grande corrida? Não. Prefiro acreditar nela como um descanso para a próxima batalha. E dentro deste conflito aprendemos e assim crescemos, evoluímos. Toda essa coisa pra mim é bem cíclica:nascemos, vivemos, morremos, depois nascemos de novo, vivemos e morremos, nascemos novamente... e tudo outra vez, aliás, outras vezes até chegarmos cada vez mais perto chamamos de perfeição ou melhor, até ficarmos um pouco menos longe. Só assim chegamos mais perto Dele e fazermos jus ao nosso papel de criação de Deus."

Tatiane Duarte

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Reflexão II

Ah, já que estamos nesse assunto de relações interpessoais, vou continuar:

Eu quero um cúmplice. Isso mesmo Cúm-pli-ce, tipo criminosa mesmo.

Quero alguém com quem possa contar sempre, independente do que for.

Não quero um pai, um irmão, muito menos um filho. Não quero um dono, nem um servo, nem capacho ou cafetão. Nada disso.

Quero um cúmplice. Alguém que não me julgue, apenas compreenda.

Que goste de mim não só pela minha bunda ou peito. Que não fique desesperado quando eu engordar uns quilinhos. Que segure minha mão quando eu for fazer exame de sangue, que me deixe louca de desejo e que me mate de prazer.

Quero respeito. Alguém que não tenha um enfarto enquanto dirijo, que pelo menos finja que presta atenção enquanto relato meu dia. Que tenha a delicadeza de parecer interessado enquanto falo sobre meus sonhos e objetivos.

Não é minha intenção ter um robô que só atenda meu comandos. Quero compartilhar, dividir tudo. As contas, os sonhos, as piadas, meus medos, minha vida.

Não quero competir, até porque não somos melhores ou inferiores. Somos apenas diferentes. E essa diferença é que torna as coisas interessantes.

Nossos corpos não são iguais, nosso modo de pensar, de sentir, de reagir não é igual e não tem que ser. É assim que nos completamos. Fomos feitos para completar.

Já reparou que só formamos um outro ser a partir de metade de cada um de nós? É simples.

Quero uma relação sincera, baseada em confiança e cumplicidade. Quero poder contar com a pessoa que está ao meu lado mesmo cometendo uma bobagem, um erro. Quero me sentir segura para poder me jogar de cabeça, sem medo.

Quero ser completa e quero completar. Aproveitar a vida a dois de maneira leve e divertida, passando pelas alegrias e dificuldades com alguém do meu lado para me dar forças e alguém que eu possa apoiar e me doar também.

Quero ser cúmplice.


Talita Stamato