Quem sou eu

Talita Stamato, radialista, sonoplasta, criadora de spots comerciais. Adora ler livros de (quase) todos os gêneros, enquanto se mata nos metrôs e ônibus da vida. Tatiane Duarte, radialista, produtora de tv, alucinada por histórias sobre coisas sobrenaturais e sem o menor sentido, seja em forma de livro ou filmes.

domingo, 24 de julho de 2011

Máxima concordância

Me desculpem o sumiço... mas é que aconteceram muitas coisas na minha vida este último mês. Irei resumir: fui mandada embora do meu serviço. Ok. Não foi de todo ruim, porque "Deus fecha uma porta e abre uma janela". Estou em outro emprego. Tudo bem de novo: essa janela que o Senhor abriu está com os vidros todos quebrados, tá complicado de passar por ela sem me machucar... enfim...


Estou me superando a cada dia, matando pelo menos três leões de uma vez... mas é o que tem pra hoje e Ele sabe o porque eu tenho que passar por isso, mesmo eu não fazendo a menor ideia (acho sinceramente que grafitei a mesa da Santa Ceia, mas isso é uma outra história) do porquê de tanto stress e sofrimento.


A questão é que uma frase que eu amo muito, do livro do Pequeno Príncipe, fez sentido muito mais hoje do que em qualquer dia da minha existência... e irei repeti-la da forma mais populesca possível: "Tu é eternamente responsável pelo o que cativas!" Ou seja: você é totalmente, absurdamente, milimetricamente responsável por tudo aquilo que acontece com você. Simples. Desde os acontecimentos bons e ruins que você passa, até mesmo a maneira como você é tratado pelas pessoas. Tudo o que você diz e faz, um dia volta para você... como uma bola gigante que pode te derrubar ou te fortalecer.

Porém, o que eu ando sentindo muito na pele, por assim dizer, é que estou aprendendo a lidar com a vida, com as pessoas como realmente tem que ser. É claro que eu tento ser o mais "do bem" possível, não devolvendo com a mesma moeda, mas o mais incrível é que a vida dá o troco sem que precisamos dizer ou fazer nada. Eu sei que tudo é muito confuso, mas é real... as coisas acontecem dessa forma... e parece que podemos somente tentar melhorar, só isso.

Eu ainda me sinto um pouco tonta, passada no sentido físico mesmo. Estou dando duro no meu novo emprego, estou tentando ser uma esposa exemplar, embora não ando tendo muito sucesso no quesito: "casa, comida e roupa lavada".  Mas, sei que conseguirei me repartir em mil e fazer todos os meus compromissos de forma satisfatória para todos. Pelo menos é isso que me empurra pra frente.

Sei que esse post está muito mais para um desabafo do que para um texto com : começo-meio-e-fim, mas acho que precisava colocar tuda essa salada de sentimentos e impressões aqui. E para finalizar, gostaria de fazer um outro cometário:
Infelizmente, nem todas as pessoas conseguem entender a linha tênue que existe entre a concessão e a negação. Acho que é isso que faz com que as relações interpessoais hoje em dia sejam tão conflitosas. Mais uma lição hoje: tentarei ler melhor as pessoas, as situações e a ouvir minha alma, meu coração. E tentarei também me manter não em primeiro lugar, porque é difícil quando se ama ( não estou dizendo só de amor mulher/homem, estou dizendo de amor de filho, mãe, subrinho, amigo, etc) mas lembrarei de mim mesma, com certeza! Isso virou meta de vida... da minha vida.


Tatiane Duarte

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Pára e pensa...

Depois do Post sobre a música do pente, minutos antes da prova de Jornalismo OnLine, eu e meus caros colegas de sala: Alexia, Antônio, Thiago, Júlio e Priscila paramos para analisar as músicas que infestaram nossa infância.
E claro, como não poderia ser diferente, começamos a analisar o repertório da banda mais irreverente e engraçada dos últimos 15 anos: Mamonas Assassinas. Lembramos que tínhamos fitas k-7 (se lembram do que eram k-7s?rs) deles e em toda festinha de criança tocava o o set list inteiro. Tudo bem que até hoje, em qualquer festa de aniversário, formatura, casamento que se preze tem que tocar Mamonas.

Enfim, paramos e analisamos a letra das músicas, e claro, ficamos pasmos. Aqueles versos eram pura sacanagem, gente do céu!!! E era explicito mas ninguém se ligava, ou se se ligava, não falava... ficamos passados!!!

Depois de declamar as músicas e fazer a prova, comecei a pensar sobre o assunto e analisar cada estrofe das minhas canções favoritas. Vou começar pelo Vira- vira:

“Fui convidado pra uma tal de suruba,
Não pude ir, Maria foi no meu lugar
Depois de uma semana ela voltou pra casa,
Toda arregaçada não podia nem sentar.
Quando vi aquilo fiquei assustado,
Maria chorando começou a me explicar.
Dai então eu fiquei aliviado,
E dei graças a Deus porque ela foi no meu lugar
Roda, roda e vira, solta a roda e vem
Me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém
Roda, roda e vira, solta a roda e vem
Neste raio de suruba, já me passaram a mão na bunda,
E ainda não comi ninguém!”

Ok! Você tinha uns 8 , 11 anos, pulava e cantava enlouquecidamente que Manoel foi convidado para uma suruba, não foi, mandou a Maria que chegou de lá todo arregaçada, sem um dos peitos, e o pior, Manoel reclama que além de levar uma mão boba no bumbum não lanchou ninguém...

Mais uma: Mundo Animal:

"Comer tatu é bom
Que pena que dá dor nas costas
Porque o bicho é baixinho
E é por isso que eu prefiro as cabritas
As cabrita tem seios
Que alimentam os seus descendentes
No mundo animal
'ixéste' muita putaria
Por exemplo, os cachorro
Que come a própria mãe,
Sua irmã e suas tias
Eles ficam grudados
De quatro se amando
Em plena luz do dia."

Eu pensava que ele comia Tatu-Bola, comia mesmo, sabe, colocando na boca e mastigando e dava dor nas costas porque o tatu é pequeno e anda no chão... tsc tsc... e ele prefere os seios das cabritas e ainda filosofa sobre os cachorros que tem relações com irmã, tia, avó, prima e não tem hora e nem lugar pra isso. Além de falar sobre como é “pesado” o sexo dos elefantes... e as crianças cantavam sem entender nenhum desses versos... é uma coisa maluca...

E claro, na minha humilde opinião, a pérola do grupo , a música visionária, que já era contra os preconceitos: Robocop Gay: (essa merece ser inteira)

Um tanto quanto másculo
Ai, e com M maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei
Minha pistola é de plástico (quero chupar-pa)
Em formato cilíndrico (quero chupar-pa)
Sempre me chamam de cínico (quero chupaar...)
Mas o porquê eu não sei (quero chupar-pa)

Sim, os back vocals cantavam que ele QUER CHUPAAAAAAARRRR!!! Vamos acompanhar:

O meu bumbum era flácido
Mas esse assunto é tão místico
Devido a um ato cirúrgico
Hoje eu me transformei
O meu andar é erótico (silicone yeah! yeah!)
Com movimentos atômicos (silicone yeah! yeah!)
Sou um amante robótico (silicone yeeah...)
Com direito a replay (silicone yeah!)

O personagem não era somente homossexual, ele era transexual, ele fez várias intervenções cirúrgicas para se transformar...

Um ser humano fantástico
Com poderes titânicos
Foi um moreno simpático
Por quem me apaixonei
E hoje estou tão eufórico (doce, doce, amor)
Com mil pedaços biônicos (doce, doce, Amor)
Ontem eu era católico (doce, doce, amoor...)
Ai, hoje eu sou um GAY!!!

A paixão aflorou, ele se abriu para o mundo.

Agora vem a lição:

Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala "oxente"
E come vatapá
Você pode ser gótico
Ser punk ou skinhead
Tem gay que é Mohamed
Tentando camuflar:
Allah, meu bom Allah!
Faça bem a barba
Arranque seu bigode
Gaúcho também pode
Não tem que disfarçar

Vejamos aí que eles realmente eram visionários como disse anteriormente, eles já eram contra a homofobia, eram a favor de cada um serem o que quiserem, que ser “gay” não é doença, é uma opção, assim como ser gótico, skinhed, enfim...
E óbvio que tem muito cara que se coloca como homofóbico e na verdade é enrustido...

Faça uma plástica
Aí entre na ginástica
Boneca cibernética
Um robocop gay...
Um robocop gay,
Um robocop gay.
Ai... eu sei,
Eu sei
Meu robocop gay...

Se liberte!!! Seja o que quiser!!! Essa é a moral !!!

Qual a diferença entre esse tipo de música que enlouqueceu o Brasil em 1995 e os funks que comentei no post anterior?
Acredito que o Mamonas era explícito, mas não era agressivo, havia graça e irreverência, sem violentar aqueles que cantavam e ouviam (cantam e ouvem até hoje), diferente de algumas canções que temos hoje em dia que no meu ponto de vista tem a pura intenção de machucar os ouvidos, de agredir quem escuta, de ser impetuoso.
Já disse, liberdade de expressão é tudo, nunca serei a favor de qualquer outra posição, porém, hoje mais do que outro momento de nossa sociedade, as pessoas estão confundindo liberdade com libertinagem.

 Tatiane Duarte

terça-feira, 21 de junho de 2011

É o pente

Estava eu, no meu momento frelance na portaria da portuguesa, quando Guilherme & Santiago entrou no palco. Seria mais um show bacana que iria assistir dessa dupla, se não fosse até um momento crucial do show. Eles começaram uma música bem entranha, eu diria que é uma versão de um funk carioca daqueles bem peculiar. Quando de repente, ele cantou repetidamente o refrão: é o pente, é o pente, é o pente...

Tudo bem que, ao fazer uma análise bem profunda do começo da música, já era um absurdo os seguintes versos:

Sou foda na cama te esculacho
Na sala ou no quarto no beco
Ou no carro...
Eu sou sinistro melhor que seu marido
Esculacho seu amigo
Na cama eu sou Perito
Avassalador um cara Interessante
Esculacho seu amante até o seu
Ficante...
Mais não se esqueça que eu sou
Vagabundo depois que a putaria
Começou rolar no mundo...
Pra ti enlouquecer
Pra ti enlouquecer
Todas todas que provaram não
Conseguem esquecer.

Depois desses absurdos cantados por quase 12 mil pessoas em alto e bom som, que não vamos comentar por enquanto o que ponto chegou a música “popular” aqui no país, mesmo entendendo que é uma forma de expressão de um determinado grupo social e blá blá blá, veio a parte que me fez pensar durante esses dias todos:

É o Pente É o Pente É o Pente
É o Pente É o Pente É o Pente
É o Pente É o Pente é Guilherme & Santiago
dando a Sequência do Pente...

A pergunta que não quer calar: “o que é o pente”?
O que esse ser humano dotado de tanta poética e sensiblidade quis dizer, depois desses versos românticos citados acima no texto, com o que é o pente?


Vocês podem pensar: ela realmente está doida, porque ela corre atrás de assuntos irrelevantes para comentar. Mas isso é muito relevante.
Há 3 semanas, um crítico que tem seu espaço no yahoo acabou com a música da penteadeira ( fato que fez com que Talita se sentisse no direito de comentar sobre isso e escrever o post "Cabe mesmo uma penteadeira?" ) e eu não posso questionar o que seria o pente?

Conversando com a Talita, ele me deu algumas explicações:
1) Tati, um amigo explicou para a minha amiga e eu estava com ela:
- Sabe o Paint do computador, aquele de dar uma pintada nos desenhos, então coloca a menina no lugar do desenho, aí fica " da uma pintada nela " entenderam? Só que nessa música esse Pente tem vários sentidos como por exemplo pente de cabelo e pente de arma, pessoa canta pensando que é um dos dois mais é outra coisa.

2) Pode ser que o pente seja uma continuação ou uma "alusão" à Pentada Violenta lembra? É só pentada, é só pentada, é só pentada violenta"
 o Funk pode ser tããããããão profundo, não?

...e o pente ainda fica na interrogação...

Pois bem. Nesse mundo onde tudo pode, onde se tem a tal liberdade de expressão e liberdade poética, que muitos vão atribuir à essa música, eu me espanto.
Porque aqueles que "meteram o pau" na canção em que todos aparecem felizes falando sobre a penteadeira, agora não gritam aos quatro ventos que nossa juventude canta esse tipo de absurdo, ouve em seus celulares, mp3, ipods, como se estivesse tudo bem e não tivesse a conotação que essas palavras realmente tem.

Não sou xiita. Acredito piamente que cada um deve fazer, cantar, ouvir o que bem entender, porém, seria bem interessante e saudável pensarmos antes de engolirmos e deixarmos os nossos pequenos consumirem esse tipo de música, não concordam?
Meu irmão tem 10 anos e ele canta, aliás, cantava esse tipo de coisa, porque simplesmente declamei cada verso, não só dessa música, mas de outros 2 funks e perguntei se ele achava legal o que a música dizia. Ele disse que não, que tinha até vergonha.
Simples né? Então é isso.

Mas ainda fico com a pergunta não respondida: o que é “o pente”?

Alguém tem uma sugestão do que seria?

Tatiane Duarte

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Absurdos na Universidade

Estou passada. Eu disse P-a-s-s-a-d-a!!!
Estão ocorrendo coisas bem desagradáveis na instituição de ensino onde faço minha “facul” de jornalismo. A São Judas sempre foi uma Universidade que, além de um nome reconhecido, sempre teve professores ótimos e uma estrutura bacana na área de comunicação.
Porém, de dois anos para cá, as coisas mudaram e para pior. Me formei em rádio e tv em 2008 e as turmas desse ano, acredito eu, foram as últimas a se formarem sem grandes problemas.
Estou rodeando até chegar no ponto crucial: “nunca antes na história" da universidade houve provas no 4º ano de rádio e tv e jornalismo. Eu disse nunca. Não consigo entender a lógica nisso. O cara tem que sair da faculdade com plena noção de teoria e prática e convenhamos, temos 3 anos de teoria e o 4º sempre foi, até o presente momento, um período de avaliação e experimentação de tudo adquirido até então, através doS TCCS (Trabalhos de áudio, vídeo). Isso mesmo, usei o plural. Algumas turmas chegaram a fazer 5 trabalhos no 4º ano. Hoje são 4 trabalhos avaliados através de bancas.
Então porque cargas d’agua o aluno tem que passar por prova no último ano? O que ele vai ser questionado? 
Pergunta 1) Como se “bate o branco” em uma câmera? É absurdo. 
E o que é pior, a prova tem mais peso de nota do que o TCC. Isso mesmo, não é piada não, meus colegas. O TCC tem peso de 1/4 da nota, a Monografia (sim, fora os 5 Tccs, sempre foi exigido o trabalho escrito) mais 1/4 e a Prova 1/2. Absurdo é pouco! E tem mais, se você se recusar a fazer a prova, tem um ZERO redondinho!! Que bonito não?
Agora me diz, o que é mais importante: a faculdade ter resultados homéricos no Enad (a prova do enad é escrita, claro, e define o “rancking” de faculdades em São Paulo) ou preparar o aluno pro mercado de trabalho?
Porque, na boa, para fazer um processo seletivo numa grande emissora (SBT, Record, Band), por exemplo, eles não querem saber o valor de sua prova ou o seu conhecimento teórico. Eles querem saber o que VOCÊ SABE FAZER.
É tão difícil entender isso?
Sei que vocês estão se questionando nesse momento: porque ela está revoltada com algo que não a atinge, ela ainda está no 2º ano. Mas caros colegas, não é só o fato de me preocupar comigo. Mas pára e pensa: se hoje está acontecendo, ano que vem será pior e no outro ano pior ainda. E tem mais, e as pessoas que estão no último ano, enlouquecidos (porque sei muito bem como é isso) tirando seu diploma e infrentando essa tirania? E é tirania pensar só na publicidade da instituição e estar pouco se lixando para o que o aluno precisa e o que ele quer.
Esse foi um momento de desabafo e de apoio aos colegas que estão lutando para mudar essa situação. É um movimento de revolta e de questionar as regras e reclamar nossos direitos!
E que essa situação seja revertida e tudo volte ao normal, como sempre foi.


Tatiane Duarte

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Especial

Para a semana dos namorados, procurei esse texto beeem bacana de Carlos Drummont de Andrade, que na minha opinião define bem o que é essa relação chamada NAMORO. Ou pelo menos, é como deveria ser pra todo mundo, né?


"Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme: de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uam névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça."









Bom, feliz dia dos namorados!!! Curtam bastante seus companheiros neste friozinho convidativo, rs






Tatiane Duarte

terça-feira, 31 de maio de 2011

Cabe mesmo a penteadeira?

Gente, não aguentei. Tive que me pronunciar.
Ainda estão fazendo o maior "auê" por causa da Banda Mais Bonita da Cidade.
O pior é que esse barulho todo não é pelo som da banda,que realmente não é nada diferente, nada que já não tenha visto ou ouvido antes. Até aí tudo bem.
Mas O problema da Banda Mais Bonita da Cidade, segundo muitos críticos, é a felicidade deles. A felicidade alheia está incomodando. E muito.
Veja a que ponto chegamos. Não podemos mais ser felizes - nem parecer felizes - porque virou tipo um crime.
Onde já se viu tantas pessoas alegres em um único clipe? Como pode tantos sorrisos em apenas 06 minutos? Pra que essa sensação
boa de festa?? Coisa deprimente!E essa letra bonitinha? Ninguém merece tantos elementos fofos em uma banda só, não é mesmo?
Vamos então ouvir o "Funk Proibidão" e sua letras inspiradoras, afinal retratam a realidade nua e crua de nossas vidas, não é?
Vamos à alguns trechos:

"Quer fidelidade, arruma um cachorro
Quer romance, compra um livro
Quer amor, Volta a morar com seus pais mulher
É só pentada violenta, pentada violenta!"

Que tal essa:

"Quer casar,casa com ele
Quer piru, pede pra mim
Quer dinheiro, pede a ele
Quer piru, pede pra mim
Quer caô, briga com ele
Quer piru, pede pra mim"

E essa:

"Novinha ve se não mexe comigo
Que meu estilo e neuroticao
O que corre em minha veias e sangue bandido
É por isso que eu digo novinha
Não mexe comigo não

...

É melhor não falta com respeito
Suja o meu nome perante a favela
Que eu te deixo esticada no chão
Do tiro na sua mão e quebro suas pernas
Eu vo ti levar pro microondas mais antes eu rasgo
Seu corpo na bala
Pra familia te reconhecer,so mesmo no exame da arcada dentaria."

As mulheres também tem voz no funk. Vamos lá:

"Só me dava porrada!
E partia pra farra!
Eu ficava sozinha,esperando você
Eu gritava e chorava que nem uma maluca...
Valeu muito obrigado mas agora virei puta!"

Tem mais:

"No local do trepa-trepa eu esculacho tua mina
No complexo, ou no mirante
Ou tu no muro da esquina
Na primeira tu já cansa
Eu não vou falar de novo
Aqui que piroca boa, bota tudo até o ovo!
...
Gaiola das Popozudas agora vai fala pra tu
Se elas brincam com a xereca eu te dou um chá de cu!"

Não tô querendo ser moralista nem defensora dos bons costumes, mas essa discussão me irrita.
E quem gosta de funk que vá até o chão. Não me importa. Foi só um exemplo para mostrar o exagero de alguns. Se a letrinha "mamão com açúcar" dos paranaenses "choca", imagina essas aí.
Tanto se fala sobre a falta de qualidade nas produções musicais atualmente, dos artistas "pré fabricados" e ao invés de dar atenção aos talentos perdidos pelo Brasil a fora, a galera fica "metralhando" a Banda da Penteadeira (by Tati Duarte) como se eles tivessem matado criancinhas no clipe em plano sequencia de 06 minutos gravado na casa da vó de alguém. (plágio ou não, é bem legal).
Daqui a pouco a "Banda Mais Fofa do Paraná" vai cair no esquecimento na mesma velocidade em que apareceu. E outras vão surgir. E mais barulho vão fazer.
Acho que temos que relaxar quando o assunto são as revelações da internet. Claro que podem aparecer talentos incríveis ou o Justin Bieber.
Por isso acredito que antes de mais nada temos que desacelerar e analisar essas "aparições" de forma neutra, seus pontos positivos e negativos para depois fazer as comparações e cíticas necessárias.

Talita Stamato


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Eu tenho sede demais...

Resumindo os sentimentos do dia:

"Jogar tudo pro alto me convém, estar acima da razão
Só porque somos jovens, só porque somos jovens
Desesperado com o mundo eu estou também
Escondem tudo com sorriso na TV e não contam a ninguém
E não contam a ninguém



Estou confuso e joguei tudo pra trás
Mas no fundo eu sei que eu não tentei de tudo
Mas que bom poder ter uma chance a mais
Estou confuso e joguei tudo pra trás
Mas no fundo eu sei que eu não tentei de tudo
Mas que bom poder ter uma chance a mais
(...)
A vida corre pelas ruas numa busca sem sentido
Enquanto o mundo está em guerra por paz
Não me pergunte o que é que eu quero da vida
O que é que eu quero da vida, eu tenho sede de mais
A vida flui na sua loucura e o momento é decisivo
Mas agora estou confuso demais
Não me pergunte o que é que eu quero da vida
O que é que eu quero da vida eu tenho sede de mais”


(Tudo Pro Alto – Charlie Brown Jr)



Tatiane Duarte

terça-feira, 10 de maio de 2011

Happy Birthday!!!


Há há há! Quem diria...24 aninhos. Uai!! Mas todo mundo passa pela casa dos 24, nisso não há novidade alguma. Porém eu, com vinte e quatro anos, casada e fazendo a segunda graduação (jornalismo ainda por cima)... isso eu jamais imaginaria, nem nos meus sonhos mais altos...

Muita coisa mudou do ano passado para cá, isso é fato. Casa nova, vida completamente nova. Ou seja, amadurecimento na porrada, no safanão mesmo. Mas a vida é feita de escolhas e caminhos. E esse é o meu, escolhi e estou muito bem , obrigada! Só me atrapalho um pouco, de vez em sempre, mas isso acontece e logo passa. Pelo menos é o que todos me dizem.

Aniversário é um dia comum pra mim, só adiciono o fato de completar mais uma primavera, aliás no meu caso, mais um outono. Vinte e quatro outonos. Quem sabe amanhã eu tenha palavras mais profundas e sentimentais para escrever sobre tudo isso. Hoje é simples e direto: estou feliz!








#Fica, vai ter bolo!Rsrs

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fazer ou não fazer análise, eis a questão

Bom, estou num momento muito introspectivo e já expliquei no texto "Frases Soltas" o porque. Ao ser questionada sobre a minha possível deprê, me indicaram fazer análise. Análise mesmo, tipo, terapia, psicólogos e até mesmo psiquiatras. Quando perguntei o valor da consulta, quase cai para trás: o valor não condiz com o MEU salário de produtora. Então, me aconselharam a ler esse texto e refletir. Era mais simples e com certeza mais barato. Resolvi dividi-lo com vocês, pois quem sabe ajudo alguém, não é mesmo?


"Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro, eu diria:"usem filtro solar". O uso em longo prazo do filtro solar, foi cientificamente provado. Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria experiência. 
Eu lhes darei esse conselho: 
Desfrute do poder e da beleza da sua juventude. 
Oh, esqueça... 
Você só vai compreender o poder e a beleza quando já tiverem desaparecido. Mas acredite em mim. Dentro de vinte anos você olhará suas fotos e compreenderá de um jeito que você não pode compreender agora quantas possibilidades se abriram para você e o quão fabuloso você era... Você não é tão gorda quanto você imagina. 
Não se preocupe com o futuro. 
Ou se preocupe, mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra mascando chiclete. É quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida, são aqueles que nunca passaram pela sua mente, tipo aqueles que tomam conta da sua mente às 4 horas da tarde de uma terça-feira ociosa. 
Todos os dias faça alguma coisa que te assuste. 
Cante. 
Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável. 
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação aos seus sentimentos. 
Relaxe. 
Não perca tempo com inveja. Às vezes você ganha, às vezes você perde. A corrida é longa, e no final, tem que contar só com você. 
Lembre-se dos elogios que você recebe. Esqueça dos insultos. 
(Se você conseguir fazer isso, me diga como...) 
Guarde suas cartas de amor. 
Jogue fora seus velhos extratos bancários. 
Estique-se. 
Não tenha sentimento de culpa por não saber o que você quer fazer da sua vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida. Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que eu conheço ainda não sabem. 
Tome bastante cálcio. 
Seja gentil com seus joelhos. 
Você sentirá falta deles quando não funcionarem mais. 
Talvez você se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. 
Talvez você se divorcie aos 40. 
Talvez você dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento. 
O que você fizer, não se orgulhe, nem se critique demais. 
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo. Como as escolhas de todos os demais. 
Curta seu corpo da maneira que puder. 
Use-o de todas as formas que puder. 
Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensam dele. 
Ele é o maior instrumento que você possuirá. 
Dance. 
Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja sua sala de estar. 
Leia todas as indicações, mesmo que você não as siga. 
Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se sentir feio. 
Saiba entender seus pais. 
Você não sabe a falta que você vai sentir deles quando eles forem embora pra valer. 
Seja agradável com seus irmãos. Eles são seu melhor vínculo com o passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca deixarão você na mão. 
Entenda que os amigos vão e vem, mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com muito carinho.
Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e os obstáculos da vida, porque quanto mais você envelhece, tanto mais precisa das pessoas que te conheceram quando você era jovem. 
More em New York City uma vez. 
Mas mude-se antes que ela te transforme em uma pessoa dura. 
More no Norte da California uma vez. 
Mas mude-se antes de tornar-se uma pessoa muito mole. 
Viaje. 
Aceite algumas verdades eternas: 
Os preços vão subir, 
os políticos são mulherengos e 
você também vai envelhecer. 
E quando você envelhecer, você fantasiará que quando você era jovem: 
os preços eram razoáveis, 
os políticos eram nobres e 
as crianças respeitavam os mais velhos. 
Respeite as pessoas mais velhas. 
Não espere apoio de ninguém. 
Talvez você tenha um fundo de garantia. 
Talvez você tenha um cônjuge rico. 
Mas você nunca sabe quando um ou outro pode desaparecer. 
Não mexa muito em seu cabelo. 
Senão, quando tiver quarenta anos, vai ficar com a aparência de oitenta e cinco. 
Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos. 
Mas seja paciente com elas. 
Conselho é uma forma de nostalgia. 
Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço muito maior do que realmente vale. 
Mas acredite em mim, quando eu falo do filtro solar."


Tatiane Duarte

Colaboração Indireta: Cinthia Fabris

terça-feira, 3 de maio de 2011

Incondicionalmente amando

É o mais puro e desinteressado amor. Amor mesmo, aquele verdadeiro. Não aquele avassalador, que nos deixa fora do eixo, isso é paixão, e de iniciante. Eu falo de amor. Aquele que permanece pra sempre, que a gente não questiona se é ou não. Temos certeza.

Agora tenho alguém que está sempre sorrindo quando me vê. Uma pessoa que espera ansiosamente e faz uma festa quando eu chego. Alguém que só encontra paz e sossego quando sente o meu cheiro, a minha pele. Que só se acalma quando tem o meu colo, que pára de chorar, só quando toca meu rosto, quando me olha nos olhos. 

E é quando esse tipo de amor chega que a gente se sente seguro. Sim, seguro. Nunca de novo eu vou me sentir só, tenho certeza. Pois agora tenho alguém que estará sempre comigo, ao meu lado, nas horas boas e ruins, na saúde e na doença...O resto vocês já conhecem.

Casamento? Não, não. É outra coisa. Mais profunda, mais intensa. Dia a dia contruímos uma relação de confiança e amor, que durará até o fim da vida.

Tão pequeno, indefeso e frágil. Dependente unicamente de mim. Eu sou seu aconchego, seu sono, seu alimento, sua alegria.

Minha felicidade maior é ver teu sorriso, sentir teu cheiro e teu calor. É velar teu sono e acompanhar teu progresso. 

Amor.

A protagonista agora sou eu. 
Feliz dia das mães!


Iza Rodrigues