Quem sou eu

Talita Stamato, radialista, sonoplasta, criadora de spots comerciais. Adora ler livros de (quase) todos os gêneros, enquanto se mata nos metrôs e ônibus da vida. Tatiane Duarte, radialista, produtora de tv, alucinada por histórias sobre coisas sobrenaturais e sem o menor sentido, seja em forma de livro ou filmes.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Reflexão II

Ah, já que estamos nesse assunto de relações interpessoais, vou continuar:

Eu quero um cúmplice. Isso mesmo Cúm-pli-ce, tipo criminosa mesmo.

Quero alguém com quem possa contar sempre, independente do que for.

Não quero um pai, um irmão, muito menos um filho. Não quero um dono, nem um servo, nem capacho ou cafetão. Nada disso.

Quero um cúmplice. Alguém que não me julgue, apenas compreenda.

Que goste de mim não só pela minha bunda ou peito. Que não fique desesperado quando eu engordar uns quilinhos. Que segure minha mão quando eu for fazer exame de sangue, que me deixe louca de desejo e que me mate de prazer.

Quero respeito. Alguém que não tenha um enfarto enquanto dirijo, que pelo menos finja que presta atenção enquanto relato meu dia. Que tenha a delicadeza de parecer interessado enquanto falo sobre meus sonhos e objetivos.

Não é minha intenção ter um robô que só atenda meu comandos. Quero compartilhar, dividir tudo. As contas, os sonhos, as piadas, meus medos, minha vida.

Não quero competir, até porque não somos melhores ou inferiores. Somos apenas diferentes. E essa diferença é que torna as coisas interessantes.

Nossos corpos não são iguais, nosso modo de pensar, de sentir, de reagir não é igual e não tem que ser. É assim que nos completamos. Fomos feitos para completar.

Já reparou que só formamos um outro ser a partir de metade de cada um de nós? É simples.

Quero uma relação sincera, baseada em confiança e cumplicidade. Quero poder contar com a pessoa que está ao meu lado mesmo cometendo uma bobagem, um erro. Quero me sentir segura para poder me jogar de cabeça, sem medo.

Quero ser completa e quero completar. Aproveitar a vida a dois de maneira leve e divertida, passando pelas alegrias e dificuldades com alguém do meu lado para me dar forças e alguém que eu possa apoiar e me doar também.

Quero ser cúmplice.


Talita Stamato

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